quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Resenha: A Desconstrução de Mara Dyer


Autora: Michelle Rodkin
Editora: Galera Record
Ano de lançamento: 2013
Páginas: 375
Nota: 5/5 


Sinopse: Um grupo de amigos... Uma tábua ouija... Um presságio de morte. Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto... até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente pertubada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações - ou seriam premonições? - Os corpois e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la....


Resenha:

    Bom, primeiramente, eu tenho que avisar que essa não vai ser uma resenha imparcial, afinal, eufórica do jeito que eu estou ficaria meio impossível conseguir não fazer mil elogios a esse livro e te recomendar que leia antes mesmo de dar os motivos para que leia, enfim, vamos a eles. 
Começando pela escrita da Michelle Hodkin, que é maravilhosa. Para mim ela tem uma escrita na medida certa, exata, ela é sombria e misteriosa quando precisa, tem umas passagens onde se utiliza de uma escrita um tanto quando poética e belíssima e na hora do romance ela consegue deixar qualquer leitor apaixonado, torcendo pelo que virá a seguir.
    Outro ponto importante a se falar sobre esse livro é o romance em si. A Mara e o Noah são pura química. Um dos casais que já li que mais deram certo e se completam. A Mara está destruída o Noah, de certa forma, também, e eles meio que são tudo que deu errado buscando algo certo e isso até certo ponto é extremamente paradoxal, é incrível. A Hodkin não exagera no romance, o livro não é só isso. Em diversos momentos a Mara está pensando em algo além do que o Noah, ou seja, não é aquele mimimi de uma protagonista que está atolada em problemas mas só pensa no mocinho entendem?! O romance de Mara e Noah é excepcional, acrescenta na trama, não tira absolutamente nada. 
    A construção de todos os personagens é fantástica. Todos tem o seu grau de complexidade e isso fica absolutamente nítido para o leitor. Ela não foca apenas na Mara e no Noah e esquece das pessoas a volta deles, muito pelo contrário. Os pais da Mara são personagens muito interessantes. Os irmãos. As pessoas que fazem parte do colégio, enfim, a Hodkin consegue fazer você ficar instigado com todos os personagens e isso é um grande mérito da autora.
    As partes sombrias e o próprio mistério do livro são muito bem construídos. Toda a atmosfera da história desde a nova casa da Mara até a escola, passando por seus pais e as pessoas a sua volta dá muito pano na manga para o desenvolvimento dos momentos de suspense do livro, a autora usa muito bem o ambiente e os personagens que construiu. Quanto ao mistério, eu fiquei realmente chocada com o que aconteceu no final (por favor, nunca leiam a ultima frase desse livro, tira totalmente a graça da descoberta) e eu só faltei me levantar e aplaudir a Michelle Hodkin por conseguir brincar tão bem com meus sentidos quanto leitora, me senti como a Mara se sentiu nesse final, totalmente em choque. 
    Outra coisa que é válida ressaltar é que a leitura do livro é muito fluida (eu demorei um pouco para ler pelo fato de que não queria que acabasse e estava lendo muita coisa ao mesmo tempo), os capítulos são curtos e isso deixa o livro muito ágil, principalmente nas ultimas 150 páginas onde acontece tanta coisa que eu acabei esse livro totalmente sem fôlego. 
    Por fim: a edição. Eu sempre acho as edições da Galera Record muito agradáveis para o leitor, no sentido de diagramação, espaçamento, fonte, e dessa vez não deixou a desejar. Também acho as capas dessa trilogia maravilhosas e servem de uma ótima "introdução" para o leitor imaginar a história que o aguarda, já que as capas são bem sombrias e intrigantes.  



Essa resenha é mais do que uma indicação é um pedido: deem uma chance para essa história, ela é incrivelmente maravilhosa e vocês não vão se arrepender de entrar na vida de Mara Dyer. 
Beijos.

5 comentários:

  1. Realmente, essa capa é linda! Conhecia o livro, mas não sabia do que se tratava, a única coisa que tinha ideia é que todas as pessoas que vi falar sobre ele amaram. Conhecendo um pouco mais, fiquei impulsionada a querer também ler esse livro e por todos os motivos da resenha kk. Espero sim lê-lo num futuro bem próximo, pois fiquei bastante instigada.

    Beijos!
    livrosdawis.blogspot.com.br

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    1. Muito linda :) sou apaixonada por todas as capas dessa serie, uma ótima escolha da Galera manter as capas originais!!!
      Leia mesmo, aposto que você vai adorar :)
      Beijos.

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  2. Oii Wilma, tudo bom ?
    Preciso muito desse livro =( Está na minha lista há muito tempo, mas ainda não pude comprar. Sempre vejo resenhas muito positivas sobre ele, e essa coisa da tábua ouija me intrigou desde que descobri o livro. Todo mundo fala pra não ler a ultima frase kkkkk Quando eu ler vou ter que segurar a curiosidade.
    Um abraço
    Oficina do Leitor / Facebook

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    1. Tudo ótimo e você como está?
      Precisa mesmo hahaha
      Esse livro é maravilhoso!!!
      >NÃO LEIA A ULTIMA FRASE DO LIVRO POR NADA<
      Beijos.

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  3. Boa tarde Wilma,

    Li algumas resenhas desse livro e todas positivas, mas ainda não fiquei tão interessado, talvez não seja o momento, mas gostei da sua opinião.....abraço.


    devoradordeletras.blogspot.com.br

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